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Reputação sólida como recurso estratégico

30 ago

O recente caso da Zara me fez refletir sobre a importância de se adotar um planejamento que vise o desenvolvimento de uma reputação sólida como recurso estratégico para a empresa. As denúncias sobre as suspeitas de trabalho escravo na produção de roupas para a marca Zara circularam pela Internet e pelas mídias sociais. Vi muitas declarações do gênero: – Nunca mais compro na Zara!

Porém, a repercussão do caso foi menor do que o esperado e não circulou por tanto tempo na Internet, apesar de causar danos à marca. E o porquê disso? Porque a Zara tem boa reputação, construída ao longo de anos junto aos seus públicos. Com isso, antes de condenar, o consumidor decide dar uma segunda chance à empresa.

Assim, percebe-se a importância da construção de uma reputação sólida. Mas como ela é criada? Segundo Paul Argenti¹, uma reputação sólida é criada quando a identidade de uma empresa e sua imagem estão alinhadas. Isso significa que a reputação deve ser pensada estrategicamente, pois é construída ao longo dos anos e deve ser sustentada e defendida através de ações que formem uma identidade única e projetem uma imagem coerente e consistente para o público, já que a reputação está baseada na percepção de todos os públicos da empresa.

E qual o interesse em se ter uma reputação sólida? Uma boa reputação tem implicações estratégicas para uma empresa, porque chama atenção para as características e valores positivos da empresa, aumentando o vínculo com o público interno e externo e atraindo novos investimentos. Além de poder atrair e reter os maiores talentos e ter consumidores mais fiéis à marca.

As constantes mudanças no ambiente de negócios e a rápida circulação de informações na Internet e nas mídias sociais demanda uma maior transparência e ética, exigindo que as empresas pensem na construção e manutenção de reputações mais sólidas. E para conhecer a sua reputação, a empresa deve analisar sua identidade e imagem e fazer pesquisa junto aos diferentes públicos.

Portanto, é imperativo que os gestores fiquem atentos às mudanças do mercado e pensem no planejamento estratégico de forma a integrar as áreas da empresa e que seja coerente com a identidade, valores e práticas da marca.

1. Argenti, Paul. Comunicação Empresarial: a construção da identidade, imagem e reputação. Rio de Janeiro: Campus, 2006.

Facebook e relacionamento com o público

20 ago

Esta semana, o Facebook alcançou 25 milhões de usuários no Brasil. Este número é o dobro do registrado no início do ano e esse ritmo de crescimento não deve cair tão cedo. O aumento é tão expressivo que o país está no “Top 5” – ranking dos países com maior crescimento e número de usuários, apesar do Orkut ainda ter maior número de usuários por aqui.

Mas este crescimento não passou despercebido pela rede social Facebook que oficializou a abertura de um escritório no Brasil até o fim do ano.  A nova filial vai funcionar em São Paulo e será comandada porAlexandre Hohagen, ex-presidente do Google, que assumiu em fevereiro o cargo de vice-presidente do Facebook na América Latina. A equipe local vai dar suporte às empresas e organizações brasileiras a se relacionar com os usuários da rede.

Com crescente número de brasileiros utilizando o Facebook para se conectar não apenas com os amigos, mas com as marcas e causas com as quais se identificam, a rede social proporciona uma ótima combinação de alcance e engajamento para as empresas se relacionarem com o público. É aí que entra o planejamento de mídias sociais.

Facebook, ferramenta de relacionamento

A presença das empresas no Facebook ainda é tímida, mas o cenário está mudando com a aumento de usuários da rede social no Brasil. A criação de um perfil no Facebook é uma boa ferramenta de relacionamento com o público. A página da rede social é uma oportunidade de mostrar a marca, desenvolver campanhas e promoções, gerar discussões e criar vínculos, engajando o público a participar, dar sugestões, criar conteúdo e partilhar.

Mas é preciso lembrar que as mídias sociais são movidas por pessoas, então a gestão dos perfis por alguém habilitado é importante. A presença de um gestor que tenha um nome e uma linguagem acessível facilita a criação de vínculos com o público e possibilita o engajamento do mesmo com a marca. Também é imprescindível que haja abertura e diálogo com os participantes.

Tais ações geram empatia e sinergia do público com a empresa desenvolvendo uma relação de confiança e trazendo novos participantes a se engajarem pela marca. Além, é claro, de reforçar a imagem da empresa e até mesmo de contribuir para minimizar os impactos de uma crise.

Talvez, este seja o momento das empresas voltarem sua atenção para o Facebook e vê-lo como uma oportunidade para novos negócios e para se relacionar com o público.